Após um mês sem avanços, as negociações retomaram esta quarta-feira, já com a presença da nova secretária de Estado da Administração e Inovação Educativa, Maria Luísa Oliveira. O Governo apresentou um novo documento com alterações ao regime, incluindo o fim das vagas por grupo de recrutamento, uma medida bem recebida pelos sindicatos.
Outro ponto positivo apontado pelas organizações sindicais é a possibilidade de os centros de saúde passarem a emitir atestados multiusos, um documento obrigatório para a candidatura à mobilidade por doença.
Apesar dos progressos, as diferenças ainda não foram totalmente ultrapassadas. Este ano letivo, cerca de mil professores com pais portadores de doenças incapacitantes concorreram ao regime de mobilidade. Os sindicatos continuam a exigir mais alterações.
O ministro da Educação, Fernando Alexandre, garante que ainda há margem para ajustes e mantém a expectativa de alcançar um entendimento na próxima reunião.
"Ainda não fechámos acordo, e na segunda-feira vamos estar com todos os sindicatos. Espero fechar o acordo, pelo menos com uma parte deles", disse.
Se for alcançado um compromisso, será o primeiro ponto fechado no processo de revisão do Estatuto da Carreira Docente, uma negociação de longo prazo que deverá prolongar-se por cerca de um ano e meio.