A possibilidade do governo descongelar o valor das propinas está a levantar bastantes preocupações entre os estudantes. Esta manhã, o ministro da Educação deu uma 'meia resposta' e disse apenas que estava a ser preparado o próximo Orçamento do Estado.
Durante a tarde preferiu remeter-se ao silêncio e quis ainda menos conversas com os jornalistas. Desta forma, o ministro da Educação evitou responder se vai ou não descongelar as propinas no Ensino Superior. A intenção foi revelada pela RTP, que diz que a medida poderá entrar no Orçamento do Estado para o próximo ano.
As propinas foram congeladas em 2020 e têm um valor anual máximo de 697 euros. A confirmar-se, o aumento deverá rondar os 2%, ou seja, cada ano de Ensino Superior público passa a custar 710 euros.
Estudantes queixam-se do aumento do custo de vida
Já o primeiro-ministro reconheceu que há jovens que acabam por desistir dos cursos porque os custos para se manterem no Ensino Superior são demasiado altos.
Luís Montenegro diz que é "repugnante" que os jovens tenham desistir do seu futuro académico.
A pouco mais de uma semana do início das aulas, o primeiro-ministro também admite que nem todos os alunos terão todos os professores. A Federação Nacional Dos Professores (FENPROF) calcula que faltem mais de 800 professores, a maioria em escolas dos distritos de Lisboa, Setúbal e Faro.