Este fim de semana, alguns doentes chegaram a esperar quase 24 horas por atendimento nas urgências no Hospital Amadora-Sinta. O Presidente da República está cada vez mais preocupado e afirma que depois das autárquicas vai pronunciar-se sobre o estado da Saúde.
Esta madrugada, no Amadora-Sintra, os doentes com pulseira amarela - com tempo de espera recomendado de 60 minutos - chegaram a esperar mais de seis horas para serem vistos por um médico na urgência geral.
A meio da manhã, a espera desceu para três horas, após um fim de semana em que os pacientes chegaram a aguardar em média 23 horas - e depois de o hospital ter reforçado de 16 para 20 o número de médicos de serviço.
“Trabalham em condições inimagináveis e nós sabemos a que é que isto leva: a ainda mais saída de profissionais do Serviço Nacional de Saúde”, afirma Joana Bordalo e Sá, presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM).
Esta semana começa com a urgência de obstetrícia e ginecologia do Hospital do Barreiro ainda fechada. Este domingo, mais um bebé nasceu numa ambulância, no IC21, a caminho do Hospital Garcia de Orta, em Almada - a única urgência aberta na Península de Setúbal.
São situações que se repetem e que, para o Presidente da República, motivam uma análise sobre o estado da Saúde após as eleições autárquicas.
A ministra da Saúde já admitiu ter sido enganada sobre a solução para o fecho das urgências na Margem Sul e as 15 medidas do Plano de Emergência e Transformação da Saúde ainda não atingiram os resultados esperados.