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Mariana Leitão considera reconhecimento da Palestina "relevante" mas ressalva necessidade de "condições"

A Iniciativa Liberal considera que o reconhecimento do estado da Palestina é relevante em termos diplomáticos, mas sublinha que é preciso criar condições para a criação de um verdadeiro estado independente.

Lusa

A presidente da IL, Mariana Leitão, disse este domingo que o reconhecimento da Palestina por Portugal "não significa que passa a haver um Estado" naquele território do Médio Oriente, apesar de considerar o ato "relevante" em termos diplomáticos.

"O reconhecimento do Estado da Palestina não implica que, depois, no dia seguinte, passa a haver um Estado da Palestina com um conjunto de condições que, depois, é necessário que existam de instituições, eleições livres para se garantir que existe, de facto, esse Estado", disse hoje à Lusa durante uma visita à Expoval - Mostra do concelho de Valongo (distrito do Porto), no Parque Urbano de Ermesinde.

Ainda assim, Mariana Leitão assinalou que "o reconhecimento, do ponto de vista das relações diplomáticas, é relevante", mas "também é relevante que se consigam criar condições - porque nós defendemos é a existência dos dois Estados - para que também, por exemplo, os países da Liga Árabe consigam fazer o mesmo reconhecimento em relação a Israel".

"Aquilo que nós pretendemos, no fim do dia, é a paz e que consigam coexistir, e obviamente que para se coexistir é preciso o desmantelamento completo e absoluto do Hamas, o desarmamento, e garantir que a Palestina se torne num território livre, com eleições livres, em que as pessoas escolhem quem os dirige e os governa, e não estarem sob o poder, de alguma forma, de uma entidade terrorista como o Hamas", apontou.

Portugal vai reconhecer o Estado da Palestina na véspera da conferência de alto nível sobre a solução dos dois Estados, anunciou este sábado o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

"O Ministério dos Negócios Estrangeiros confirma que Portugal vai reconhecer o Estado da Palestina, como o ministro Paulo Rangel já havia antecipado esta semana", indicou, num comunicado.

Este reconhecimento, acrescenta o MNE, acontecerá no domingo.

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