A Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) está a avançar com um estudo de capacidade para o aeroporto do Porto, apontando que infraestrutura está a apresentar "alguns níveis de maior pressão", adiantou a sua presidente, no parlamento.
Segundo Ana Vieira da Mata, a ANAC solicitou um estudo nesse sentido ao Eurocontrol, entidade europeia do setor da aviação, apontando "alguns níveis de maior pressão" no aeroporto do Porto.
"Estamos com níveis de tráfego semelhantes aos de Lisboa" à data da assinatura do contrato de concessão, indicou, apontando que há também 'slots' (faixas horárias) em que existe "alguma procura".
Questionada sobre atrasos e voos cancelados, a presidente da ANAC reconheceu que é uma "preocupação" da organização, indicando que "decorre justamente dos constrangimentos" a nível das infraestruturas.
"São feitas reuniões quinzenais com as transportadoras, em que são analisadas as causas raiz que estão relacionadas com esses atrasos", adiantou, apontando eventos meteorológicos, "falta de adesão à realidade de algum plano de voo", o "stress ao nível da rede europeia" e "a crescente complexidade da atividade".
"A ANAC esta a trabalhar com as principais transportadoras aéreas", que representam 80% do volume de tráfego, destacou, "para perceber as causas raiz e quais são os planos de mitigação".
Além disso, lembrou, a entidade mantém atividade nos "grupos de trabalho dos constrangimentos operacionais", com reuniões anuais com todos os envolvidos na operação.
"Tradicionalmente os grupos são para preparar o verão", indicou, mas a ANAC decidiu que os aeroportos de Lisboa, do Porto e a aerogare das Lajes, nos Açores, "merecem uma atenção redobrada" e por isso o trabalho vai ser conduzido durante todo o ano.
Quanto à alteração do enquadramento legal do segmento dos ultraleves, a presidente da ANAC deu conta da proposta em que está a trabalhar, reconhecendo que esta legislação precisa de ser melhorada e atualizado.
Neste caso, a entidade levou em conta exemplos de outros países, assim como as propostas da associação representativa do setor, vincando que não vai vacilar "em matérias relacionadas com segurança".
Com Lusa
Artigo atualizado às 19:15