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"A cidade precisa de respostas": Moedas exige à Carris investigação externa independente sobre descarrilamento

O presidente da Câmara de Lisboa adianta que pediu à empresa municipal Carris para que seja realizada "uma investigação externa independente", além do inquérito interno, para apurar as responsabilidades do descarrilamento do elevador da Glória.

Rita de Sousa

Carlos Moedas lamentou o "acidente sem precedentes" que aconteceu na quarta-feira à tarde, quando o Elevador da Glória descarrilou. Pediu "apoio e celeridade na investigação" e disse que a preocupação neste momento é "com os feridos que estão nos hospitais e com as famílias que perderam os seus entes queridos".

"Neste momento, a nossa prioridade é acompanhar as famílias e quero aqui garantir que a empresa responsável dará todo o apoio às famílias. Decretamos três dias de luto municipal e mandamos fechar todos os funcionários. Neste momento estamos a recolher todas as informações para poder apurar responsabilidades", começa por dizer.

O autarca de Lisboa falava na residência oficial do primeiro-ministro, numa declaração curta aos jornalistas pelas 13:20, sem responder a questões, após participar na reunião do Conselho de Ministros, a convite do chefe do Governo, Luís Montenegro (PSD), que começou cerca das 11:30

"Tudo o que se possa dizer neste momento é mera especulação. A cidade precisa de respostas", frisa.

Carlos Moedas adiantou que pediu à empresa municipal Carris para que seja realizada "uma investigação externa independente", além do inquérito interno, para apurar as responsabilidades Relativamente aos outros funiculares da cidade, o chefe da autarquia garante que está a ser feita uma vistoria e que só voltaram a funcionar depois dos resultados.

Por fim, enalteceu a prontidão e o trabalho "das equipas municipais e nacionais que chegaram ao local em escassos minutos" e que "trabalharam de forma absolutamente extraordinária e em total coordenação".

Aproveitou, ainda, não só para agradecer a todos os outros autarcas que "desde o primeiro minuto e em especial na região de Lisboa, imediatamente se disponibilizaram", mas também aos "chefes de Estado e aos muitos autarcas por essa Europa fora que nos contactaram de imediato de vários países".

"É o momento de cuidar dos feridos. Eu estarei sempre ao lado dos lisboetas", finalizou.

- Com Lusa

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