A Escola Secundária Alves Martins, em Viseu, está habituada a ter, todos os anos, dezenas de alunos que seguem como destino os cursos de Medicina. Este ano não diferente, mas há outros voos que se começam a definir.
“A minha média é de 19,8 e vou entrar em Engenharia Aeroespacial. Gosto da área e acho que abre bastantes portas. Como também queria trabalhar no estrangeiro e explorar o mundo, acho que vai ser uma boa ferramenta”, conta Afonso, alundo desta escola em Viseu.
Ao todo, foram seis os alunos que seguiram o sonho da Engenharia Aeroespacial. Outros 34 estudantes, com médias também muito próximas dos 20 valores, seguiram para Medicina.
“Há muitos alunos que entraram em Arquitetura com média de 18, 19 e 20, em Economia, em Direito, em muitos outros cursos”, aponta Adelino Pinto, diretora da escola.
É o caso de Maria Miguel, com média final de 19,4 valores, que decidiu entrar em Direito, no Porto.
“O Direito nunca foi uma paixão, não tinha o sonho de seguir Direito. Mas, quando tive de escolher, (...) percebi que podia ter uma boa base para aquilo que eu possa querer fazer no futuro”, explica a estudante.
O segredo das grandes notas está na escola e no método de ensino, mas também no esforço e determinação dos alunos.
O próximo passo é fazer as malas e sair de Viseu. Já o regresso não está nos planos, pelo menos a curto prazo.
“Destes alunos que saem agora, no 12.º ano, só 20% ficam em Viseu”, nota o diretor da escola. “E dos alunos de Viseu que vão estudar para fora, quantos é que regressam depois de tirarem o curso? É uma preocupação muito grande”, admite.
Dos quase 500 alunos da Alves Martins que fizeram candidatura ao ensino superior, 94% entraram na 1.ª fase do concurso.