O presidente da câmara de Loures, Ricardo Leão, acusou o Movimento Vida Justa de “prejudicar as pessoas” que vivem no bairro do Talude. Na Edição da Noite, o comentador da SIC e membro do movimento, Nuno Ramos de Almeida disse que as acusações não são verdadeiras.
“Nós acompanhamos as pessoas com dificuldades de transportes, depois de terem visto as suas casas destruídas, aos serviços da câmara que são seis quilómetros."
Acrescentando, de segunda, que "em maio, 109 moradores do bairro endereçaram uma carta ao presidente a pedir uma reunião e o presidente nunca respondeu, por isso, não é verdade que haja nenhum impedimento da nossa parte. Estamos apenas para ajudar, para dar apoio social, para dar apoio judicial do ponto de vista do interesse dos moradores”.
Nuno Ramos de Almeida acusa a câmara de não dar resoluções plausíveis aos moradores do Talude. “A resolução da situação não se faz a pensar que destruindo barracas, as pessoas desaparecem do ar. A lei de base da habitação diz que tem de se arranjar alternativas, mas as alternativas têm de ser possíveis”.
“A questão fundamental é porque é que aquelas pessoas estão ali, porque é que há mais de 20 bairros de barracas na Grande Lisboa como havia nos anos 80 e 90”, diz o comentador da SIC respondendo à sua questão argumentando que “é porque as pessoas não conseguem pagar as rendas, não conseguem pagar os quartos, trabalham e não conseguem viver sem ser naquela situação”.