Com três motores Rolls-Royce e autonomia para mais de 800 quilómetros, está preparado para operar em condições difíceis durante quase nove horas, incluindo em voos noturnos e em alto-mar. Tem tecnologia de ponta, 10 toneladas de peso e é capaz de atingir quase 300 quilómetros por hora e os 15 mil pés de altitude.
O EH101 Merlin, de fabrico britânico, estacionado na Base Aérea do Montijo, é um helicóptero fundamental no apoio à população em situações de emergência, sobretudo quando os meios civis falham ou são insuficientes.
Mas, por ser tão grande e pesado, só pode aterrar em alguns, poucos heliportos dos hospitais, por falta de condições nas pistas. É um aparelho que pode voar com até 30 pessoas em missões de transporte aéreo, busca e salvamento, e vigilância e reconhecimento.
Governo e INEM tinham anunciado que, desde a semana passada, o serviço de transporte aeromédico de emergência passava a ser assegurado por quatro helicópteros da Força Aérea, estacionados nas bases de Macedo de Cavaleiros, Viseu, Évora e Loulé. Deveriam funcionar 24 horas por dia, mas apenas um tem, nesta altura, autorização para cobrir todo o território continental durante a noite.
Uma limitação transitória, diz o Governo, até que a empresa estrangeira, com sede em Malta, que ganhou o concurso — cujo valor atinge os 77 milhões de euros —, tenha os meios suficientes.
O sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar aponta o dedo ao Governo e ao INEM por não terem avançado mais cedo com o concurso internacional para a contratação do serviço aéreo de emergência médica. Fonte próxima do processo lembra, no entanto, que, em caso de emergência, podem ser acionados outros meios aéreos, como o Falcon, o C130 e o KC390. Não seria a primeira vez.