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Gaivotas e bactérias podem contaminar: cientistas testam água na Praia de Matosinhos

Bactérias na água podem causar doenças gastrointestinais e de pele. Por isso, investigadores da Universidade do Porto estão a fazer colheitas de água na praia de Matosinhos.

Catarina Lázaro

Filipe Barbosa

Miguel Castro

Na praia de Matosinhos, vai ser testado, durante o verão, um sistema de alerta com informação em tempo real sobre a qualidade da água. O projeto, financiado com fundos europeus, é coordenado por uma equipa de investigadores do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto.  

Durante todo o ciclo de maré,um laboratório instalado à beira-mar vai filtrar e incubar amostras de água recolhidas na praia de Matosinhos, de 30 em 30 minutos. O objetivo é fazer a análise microbiológica, com a medição de vários parâmetros. 

Entre as fontes de contaminação estão as gaivotas- que, só nesta praia, podem chegar às 4 mil aves - e um tipo de bactérias associadas às alterações climáticas. Podem causar doenças gastrointestinais e de pele, quer por ingestão quer pelo contacto com a água. 

A praia de Matosinhos vai ter, este verão, uma sonda no mar para fazer a monitorização em tempo real. Assim, será possível avaliar a qualidade da água em tempo real e fazer previsões a cada 15 minutos. 

Se a fase experimental correr bem, os investigadores garantem que será possível informar rapidamente os banhistas em caso de contaminação. 

Os episódios de interdição, com banhos desaconselhados por causa de uma contaminação microbiológica, são frequentes na Praia de Matosinhos.

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