A Polícia Judiciária (PJ) deteve, esta terça-feira, seis pessoas com ligações ao grupo de extrema-direita e neonazi Movimento Armilar Lusitado (MAL), acusados de atividades terroristas, discriminação, incitamento ao ódio e detenção de arma própria.
Na análise à operação "Desarme 3D", Luís Maia afirma que o arsenal do Movimento Armilar Lusitano “requer muito financiamento”, com ligações a “pessoas habituadas a funções ou a atividades que tenham de envolver aqui alguma espécie de eventuais confrontos”.
A investigadora em extremismo e radicalismo Cátia Moreira acredita que grupos extremistas surgem com base em indivíduos que têm mesmo uma ideologia extremista, “ao ponto de sacrificarem a sua individualidade, a sua identidade individual”.
Segundo Luís Maia, as notícias falsas têm um papel relevante no recrutamento das pessoas para forças de extrema-direita, porque “as premissas erradas espalham-se com muito mais facilidade através da disseminação de notícias falsas”.
“Se estamos a falar do Movimento Armilar Lusitano, que aparentemente teria como objetivos o ataque ou a discriminação a imigrantes e a refugiados, eu admito que a maioria das pessoas que entram para aqui acreditam que é mesmo preciso fazer isso, para que a sociedade, de alguma maneira, possa funcionar melhor”, disse.