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José Luís Carneiro propõe cinco pactos de regime a Luís Montenegro

O ex-ministro, que apresenta este sábado a candidatura à liderança do PS, pretende propor cinco pactos de regime sobre política externa e europeia, segurança, justiça, defesa e organização do Estado.

Inês Timóteo

José Luís Carneiro formaliza amanhã a candidatura a líder do PS. Da última vez que quis ser líder do PS, saiu com uma derrota que lhe valeu 37% dos votos. Agora vai à procura de mais.

José Luís Carneiro formaliza a vontade de ser secretário-geral socialista este sábado à tarde, no Largo do Rato. E no bolso leva outra vontade: a de fazer pactos de regime com Luís Montenegro.

Na moção com que se candidata à liderança, quer entendimentos em cinco áreas:

  • Política externa e europeia,
  • Segurança,
  • Justiça,
  • Defesa e organização do Estado.

Com um novo ministério para a reforma do Estado e o primeiro-ministro a antecipar os 2% do PIB para a defesa, já para este ano. José Luís Carneiro quer ser o primeiro a mostrar que está disponível para apertos de mão com a AD.

Diz que a revisão constitucional não é uma prioridade, mas quer avançar para uma reforma eleitoral autárquica para impedir bloqueios nos executivos camarários, num tempo em que PS e PSD já não são suficientes para os dois terços necessários que permitem aprovar essas alterações.

Sobre a imigração, só apresenta princípios gerais, em que defende melhorias no acolhimento e a aposta no combate à imigração ilegal.

Candidata-se com a vontade de repensar o PS e a relação com o país, depois do país ter empurrado o PS para o terceiro lugar, num dos piores resultados de sempre.

Continua sem adversário. Miguel Prata Roque está fora da corrida. Em comunicado, diz que entende que, nesta altura, as eleições no PS são só para completar o mandato interrompido de Pedro Nuno Santos e que não há debate profundo e clarificador sobre a estratégia que deve ser seguida. No final do mandato dos órgãos do PS, promete nova avaliação.

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