A Polícia Judiciária está a fazer buscas por suspeitas de corrupção, nas instalações do Estado Maior da Força Aérea e em empresas de meios aéreos. Há suspeitas de viciação das regras de contratação pública, ao longo dos últimos anos, na adjudicação de meios aéreos a empresas privadas. Trata-se de equipamentos para o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais. André Morais sublinha que "é importante dizer à população que a operação da Proteção Civil nunca poderá estar em causa porque a Proteção Civil serve para proteger pessoas e bens".
A operação designada “Torre de Controlo” desencadeou 28 mandados de busca e apreensão em domicílios, sedes de sociedades comerciais e de contabilidade e, ainda, em organismos públicos, nos distritos de Lisboa, Beja, Faro, Castelo Branco, Porto e Bragança.
Para o especialista da Proteção Civil, é importante olhar para esta investigação "de forma isolada e perceber o que é que aconteceu".
"A Proteção Civil não é corrupção. A proteção civil é um grupo de várias pessoas, organismos, entidades que trabalham afincadamente para que isto seja uma realidade no país, a proteção das pessoas.
Agora, temos que perceber e nos próximas horas temos que ouvir responsáveis nesta área a dizer clara e objetivamente que o sistema vai funcionar, que a quebra de confiança na Proteção Civil não pode acontecer, nem deve acontecer, porque é um sistema que está devidamente organizado no país, e isto até nos pode criar aqui uma nova necessidade positiva, que é a reformulação, uma oportunidade de reformulação daquilo que é o processo de contratação, o processo de aquisição deste tipo de equipamentos para este tipo de operações", realça André Morais.