Assim que a energia se foi, os que estavam no aeroporto de Lisboa ficaram sem rumo. Os que tinham acabado de terminar o voo viram-se presos à espera de seguir caminho até à recolha de bagagem. Os que, para isso, ainda tinham de mostrar o passaporte encontraram uma fila demasiado longa, com as autoridades, sem luz, incapazes de verificar a identificação de cada um nos computadores.
Os geradores foram ligados, mas, enquanto nos aeroportos do Porto e de Faro isso foi suficiente para manter a operação mais ou menos normal, em Lisboa não foi o caso.
A meio da tarde, o aeroporto acabou por fechar, sem que antes a TAP tivesse pedido aos passageiros com partida marcada para nem sequer aparecerem para o check-in.
Quem já estava à espera de seguir viagem ainda contava embarcar. Alguns ficaram simplesmente sem saber o que fazer, com a TAP e os Aeroportos de Portugal a darem informações contraditórias aos passageiros.
Quem já tinha despachado a bagagem ou a despacharia mais tarde voltou para casa sem ela. Os que estavam no interior do aeroporto foram obrigados a sair, deixando o edifício praticamente vazio nas imediações e sem metro disponível.
Milhares de pessoas acabaram por seguir caminho a pé, meio sem rumo, sem saber quando chegariam ao destino nem o que fazer.
No Porto, o dia decorreu mais ou menos normal. Os voos para Lisboa foram cancelados e aqueles que contavam passar pela capital a caminho de um destino qualquer voltaram para trás.
Muita paciência tiveram também os que esperaram até duas horas por um táxi no aeroporto do Porto. Sem metro disponível, nada mais lhes restou do que aguardar