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Em Peniche, Raimundo diz que o PS está a encostar-se aos PCP porque tem um programa fraco

O secretário-geral do PCP diz que o PS está a encostar-se aos comunistas porque tem um programa fraco. Paulo Raimundo participou este domingo de manhã na homenagem aos resistentes e mártires do fascismo, em Peniche, no Museu Nacional Resistência e Liberdade.

Fernanda de Oliveira Ribeiro

Catarina Neves

Humberto Candeias

Ricardo Piano

A homenagem a quem sofreu na Fortaleza de Peniche fez-se este domingo também com quem passou lá 8 dos 11 anos que esteve preso por lutar contra o fascismo.

“Pode imaginar o que é uma pessoa passar oito anos isolada, 20 horas por dia, e se fosse castigo era 24 sobre 24 horas. Deve calcular que quando se entra aqui como visitante a sensação que se pode ter é do valor da liberdade. A minha função é, sobretudo, não deixar esquecer estas paredes para mostrar o sofrimento. No memorial estão 2637 nomes”, recorda Domingos Abrantes, antigo preso político 

Uma luta que na perspetiva do PCP se mantém viva noutros moldes, mas que tem as próximas legislativas como pano de fundo e a refrega com o PS é latente.

“O PS tem um programa que é muito poucochinho e cada vez se encosta mais a um caminho que é errado- Nós precisamos que os Socialistas se movimentem para um projeto de rutura que é isso mesmo que se exige: retomar o caminho de abril”, disse Paulo Raimundo aos jornalistas. 

Apesar da pouca consideração pelo programa do PS e depois de ter feito uma espécie de repto, Paulo Raimundo lançou mais uma farpa a Pedro Nuno Santos.

“O que nós já ouvimos da boca dos dirigentes do Partido Socialista? No fundo resume-se a isto: pedem votos em todo lado… pedem votos à esquerda para garantirem que têm as condições para dar a mão ao PSD. Foi isso que fizeram este ano e é isso que se querem preparar para fazer no futuro. Ora, não é isso que se quer, o país não precisa disso, precisamos de enfrentar a direita e a extrema-direita olhos nos olhos”, disse Raimundo. 

Na homenagem aos resistentes e mártires do fascismo, em Peniche, no Museu Nacional Resistência e Liberdade, Domingos Abrantes exalta o preço e o valor da Liberdade. Um testemunho vivo, na 1ª pessoa, do sofrimento causado no Forte de Peniche, mas também da esperança na Democracia que tardou, mas saiu à rua em abril de 74.

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