O Presidente da República considera que o Governo esteve bem, ao apresentar uma resposta às tarifas a aplicar pelos Estados Unidos da América (EUA). Marcelo Rebelo de Sousa admite que as medidas vêm favorecer a imagem do Executivo de Luís Montenegro, mas defende que são necessárias.
O primeiro-ministro anunciou, esta quinta-feira, um pacote de medidas no valor de mais de 10 mil milhões de euros, para ajudar as empresas portuguesas, perante as tarifas sobre exportações anunciadas por Donald Trump - entretanto, suspensas por 90 dias.
Em declarações aos jornalistas, esta tarde, Marcelo Rebelo de Sousa elogiou tanto a postura da União Europeia, que decidiu suspender as tarifas de retaliação aos EUA, como a de Portugal, que vai prestar apoio às empresas afetadas.
“A União Europeia fez bem em reagir com serenidade, sem pressa, ponderadamente”, defendeu. Assim como Portugal, que “tem de atuar concertadamente com a União Europeia” e aplicou “as medidas mais urgentes”, que passam por “ajudar aqueles que são prejudicados”, defendeu.
Para o Presidente da República, a “avaliação” feita pelo primeiro-ministro “foi certa”. “O Governo, se não falasse, não estava a cumprir a sua missão”, refere.
Marcelo Rebelo de Sousa admite, contudo, que “é evidente” que Luís Montenegro “está a marcar uns pontinhos e a aproveitar para isso”.
"Objetivamente, favorece o Governo. Mas, quer dizer, de facto o Governo tinha de dar a sua palavra”, concluiu.