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Bebé que foi traficado por português repatriado para o Brasil

Um bebé brasileiro de 1 ano e 4 meses, vítima de uma rede internacional de tráfico de seres humanos, tinha sido levado para Portugal no final de 2023, pouco depois de nascer.

Lusa

As autoridades brasileiras repatriaram de Portugal um bebé de um ano e quatro meses que foi vítima de uma rede internacional de tráfico de seres humanos pouco depois de nascer, anunciou na segunda-feira a Polícia Federal do Brasil.

Em comunicado, a Polícia Federal brasileira indicou que "o resgate e a repatriação do bebé brasileiro, hoje com 1 ano e 4 meses, ocorreram em virtude da ação de diferentes órgãos públicos e entidades privadas nos dois países".

O recém-nascido tinha sido levado para Portugal no final de 2023.

A ação faz parte de uma investigação da Polícia Federal brasileira, que no final de 2023 descobriu uma rede dedicada ao "tráfico internacional de recém-nascidos" para a Europa no interior do estado de São Paulo, na cidade de Campinas, detalharam as autoridades.

Português detido por suspeita de tráfico internacional

A investigação teve início no dia 30 de novembro de 2023 após uma denúncia junto do Ministério Público brasileiro de que um bebé recém-nascido na cidade de Valinhos, no estado de São Paulo, tinha sido abandonado pela mãe e registado como filho de um homem de nacionalidade portuguesa.

Na ocasião, em declarações à Lusa, a Polícia Federal do Brasil confirmou que um cidadão português tinha sido colocado em prisão preventiva por suspeita de tráfico internacional.

"O trabalho conjunto da Polícia Federal com a Polícia Judiciária de Portugal, ainda naquele ano, permitiu uma ação humanizada ao bebé, que já havia saído do Brasil e já se encontrava no país europeu, tendo sido encaminhado com o devido cuidado pelos órgãos de Assistência Social de Portugal para família acolhedora no local", detalharam as autoridades.

Criança entregue a instituição de acolhimento familiar no Brasil

O bebé permaneceu em Portugal até se confirmar que efetivamente não se tratava de criança portuguesa, já que os registos de nascimento tinham sido falsificados.

De acordo com a Polícia Federal brasileira, "após confirmada a nacionalidade brasileira do bebé, foi expedida ordem judicial portuguesa, que reconheceu a necessidade de repatriação para o Brasil".

Na sua chegada ao Brasil, o bebé foi entregue aos cuidados de uma instituição local que promove acolhimento familiar.

"A família acolhedora em Portugal já está em contacto com a família acolhedora no Brasil, para compartilhar informações essenciais e garantir uma transição cuidadosa", concluiu a Polícia Federal brasileira.
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