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Produção de citrinos no Algarve ficou comprometida devido à chuva das últimas semanas

20 a 30% da produção de citrinos, em vários pomares algarvios, terá ficado comprometida devido à chuva e ao vento das últimas semanas. Ainda assim, os produtores não se queixam. Dizem que seria bem pior se a situação de seca se mantivesse.

Conceição Ribeiro

Ricardo Bruno Soares

Três semanas de chuva deixaram os pomares das zonas mais baixas neste estado. Silves, Tavira ou nas margens do Guadiana, são várias as propriedades de citrinos com perdas de 20 e 30%. 

“Como isto são zonas suscetíveis a acontecer estes alagamentos, a água ficou próxima da parte de baixo da árvore e os frutos tiveram em contacto com a água durante muito tempo e, após a secagem, o fruto fica podre”, explica Cristiano Guerreiro da cooperação agrícola de citricultores do Algarve. 

Nos pomares, em cotas mais altas, não foi a água, mas o vento o problema. Com a fruta já madura, as rajadas que nalguns dias passaram dos 70 km por hora deitaram ao chão parte da produção. Nos próximos tempos há ainda que contar com a possibilidade de haver perda de árvores

Apesar dos prejuízos, os agricultores não se queixam. Seria bem pior se a seca tivesse continuado. O fim deverá também permitir recuperar dos estragos com a produção  do próximo ano. 

Depois de vários anos de restrições à rega, o Algarve tem nesta altura água nas barragens que dá para 3 anos de abastecimento

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