Três semanas de chuva deixaram os pomares das zonas mais baixas neste estado. Silves, Tavira ou nas margens do Guadiana, são várias as propriedades de citrinos com perdas de 20 e 30%.
“Como isto são zonas suscetíveis a acontecer estes alagamentos, a água ficou próxima da parte de baixo da árvore e os frutos tiveram em contacto com a água durante muito tempo e, após a secagem, o fruto fica podre”, explica Cristiano Guerreiro da cooperação agrícola de citricultores do Algarve.
Nos pomares, em cotas mais altas, não foi a água, mas o vento o problema. Com a fruta já madura, as rajadas que nalguns dias passaram dos 70 km por hora deitaram ao chão parte da produção. Nos próximos tempos há ainda que contar com a possibilidade de haver perda de árvores
Apesar dos prejuízos, os agricultores não se queixam. Seria bem pior se a seca tivesse continuado. O fim deverá também permitir recuperar dos estragos com a produção do próximo ano.
Depois de vários anos de restrições à rega, o Algarve tem nesta altura água nas barragens que dá para 3 anos de abastecimento