O líder do PS Madeira, Paulo Cafôfo, reconheceu, esta noite, a derrota eleitoral e admitiu eleições internas, mas só após as eleições autárquicas. Nas eleições regionais deste domingo, o partido perdeu três deputados e passou a terceira força no parlamento madeirense.
“O PS foi derrotado destas eleições e eu, como sempre o fiz, assumo este resultado e assumo a derrota”, declarou Paulo Cafôfo. “Esta derrota é minha responsabilidade.”
O líder socialista na Madeira admite que o resultado “não foi o que desejaria” nem o que “esperaria”, mas garante que toma esta derrota “com a cabeça erguida” e "humildade”.
Sublinhando que, agora, o PS terá pela frente eleições nacionais e autárquicas, Paulo Cafôfo diz que tem de “ter a responsabilidade de organizar o partido e prepará-lo para esses dois atos eleitorais”.
“Depois das autárquicas, vou abrir um processo interno para a liderança do partido”, anunciou o líder do PS Madeira, sublinhando que, até lá, "o partido tem de estar focado nos desafios eleitorais”.
O secretário-geral do PS recusou, esta noite, interferir com "a autonomia" da estrutura regional, quando questionado sobre o futuro da liderança do partido na Madeira. Pedro Nuno Santos, lamentou “que tenha ganho o PSD Madeira, e Miguel Albuquerque em particular”.
O líder do PS considerou, contudo, que esta é uma derrota "do PSD da Madeira", demarcando-se dela. Para Pedro Nuno Santos, o resultado do partido na região autónoma não pode ter leituras nacionais.
PSD sai vencedor (mesmo à beira da maioria absoluta)
O PSD, liderado pelo atual presidente do governo regional da Madeira, Miguel Albuquerque, saiu vitorioso das eleições regionais madeirenses, este domingo.
Os sociais-democratas elegeram 23 deputados, ou seja, ficaram a apenas um lugar da maioria absoluta. O partido pode agora coligar-se com o CDS - que perde um lugar e fica com um deputado único - e alcançar a maioria parlamentar.
O JPP ultrapassa os socialistas e é a segunda força mais votada. Elege 11 deputados (mais dois). O PS perde a liderança da oposição, surgindo em terceiro lugar, com 8 deputados (perdeu três).
Segue-se o Chega, que consegue 3 deputados (perde um) e a IL que mantém o deputado único.
O PAN perde a deputada que tinha e desaparece do parlamento regional.