Sem alternativas para garantirem escalas, as urgências acabam por encerrar vários dias durante o mês. O serviço de obstetrícia e ginecologia é dos mais afetados.
"Temos profissionais que saíram para o setor e não é fácil que voltem para o público", conta o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Xavier Barreto.
A falta de profissionais fez que com que o hospital Fernando Fonseca, na Amadora, o do Barreiro, o de Santarém e também o de Abrantes estivessem esta segunda-feira sem serviço de obstetrícia.
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares entende que o funcionamento em rede deve ser reformulado.
"Na margem sul temos dias com as três maternidades encerradas e podíamos ter pelo menos uma a funcionar com os serviços e os profissionais concentrados", afirma Xavier Barreto.
"Preocupa-nos que o período eleitoral..."
Ainda a meses do verão, os médicos temem que a elaboração do plano de contingência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) possa estar comprometida.
"Preocupa-nos que este período eleitoral prejudique a preparação do próximo verão", admite o presidente da associação.
Seis serviços fechados no fim de semana
Durante os próximos dias as urgências vão funcionar em pleno. A situação volta a agravar-se no fim de semana, com a previsão de pelo menos seis serviços encerrados.