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Quatro urgências encerradas esta segunda-feira após fim de semana com constrangimentos

Esta segunda-feira há quatro serviços de urgência de Ginecologia e Obstetrícia encerrados. A região de Lisboa e Vale do Tejo é a mais afetada. Este fim de semana aconteceu o mesmo em vários serviços.

Catarina Coutinho

Rui do Ó

SIC Notícias

O Hospital Amadora-Sintra e os hospitais de Abrantes e Barreiro estão sem urgência de Ginecologia e Obstetrícia esta segunda-feira. A do hospital de Setúbal só vai atender casos internos e casos encaminhados pelo INEM, pelo menos até sexta-feira. Também em Santarém, a urgência de Obstetrícia está de portas fechadas.

Este fim de semana aconteceu o mesmo em vários serviços, a maioria também na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Fim de semana com constrangimentos na saúde

As crianças de Loures e de Vila Franca de Xira que precisaram de ir à urgência este domingo tiveram de percorrer mais quilómetros. O serviço esteve fechado nos dois hospitais.

Os hospitais de Leiria, Caldas da Rainha, Barreiro e Almada não tiveram a urgência de Ginecologia e Obstetrícia aberta.

As comissões de utentes de Almada e do Seixal criticam a centralização dos serviços e culpam o Governo por não conseguir atrair e manter os profissionais de saúde.

“Voltamos ao antes da abertura do Garcia de Orta, que foi uma luta muito intensa aqui das populações para que efetivamente houvesse aqui cuidados primários. É um retrocesso inadmissível. Quando isto podia tudo ser resolvido com alterações da postura política dos Governo”, afirma Luísa Ramos, da Comissão de Utentes de Almada.

Também criticam a mais recente decisão de converter cinco hospitais - entre eles o Garcia de Orta - em parcerias público privadas. Os de Braga, Loures, Amadora-Sintra e Vila Franca de Xira já tiveram este modelo de gestão. A novidade é a integração do de Almada.

Utentes e autarcas de Almada e Seixal dizem que não será benéfico nem para os utentes, nem para os profissionais.

“A precariedade dos profissionais de saúde acentua-se; para os utentes é esta certeza de que vai diminuir o livre acesso aos cuidados de saúde. São ataques àquilo que é uma das melhores conquistas de Abril, que foi a criação do SNS. Isto não é já não querer resolver, é querer destruir.”

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