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"Era o pior": Pedro Nuno diz que eleições têm de trazer um governo "que não esteja a prazo"

O líder socialista declarou que a “saúde da democracia” vai ser decidida entre PS e PSD nas eleições legislativas marcadas para 18 de maio.

Rita Carvalho Pereira

Pedro Nuno Santos afirma que, nas eleições que aí vem, é preciso escolher um governo “que não esteja a prazo”. O secretário-geral socialista diz que a escolha dos portugueses entre o PS e o PSD depende da confiança que têm em quem lidera os projetos dos dois partidos. 

Esta noite, depois de o Presidente da República ter anunciado a marcação de eleições legislativas para 18 de maio (data preferida pelos socialistas, tal como pelo CDS, por causa das peregrinações a Fátima no fim de semana anterior), o líder do PS defendeu que ir a votos agora é uma “oportunidade de clarificação”.

Aos olhos de Pedro Nuno Santos, está em causa a “escolha entre dois projetos e duas lideranças e, defendem a confiança no projeto depende da confiança na liderança”. 

O secretário-geral do PS considera que o momento “é grave” e, por isso, “mais do que uma escolha momentânea, é preciso escolher um governo duradouro, que não esteja a prazo”. 

"Um governo a prazo era o pior que nos podia acontecer."

Pedro Nuno Santos insiste que o PS não desejava eleições e que “deu todas as condições” ao Executivo de Luís Montenegro para que ele “pudesse governar" - mesmo perante uma crise política “com origem no primeiro-ministro". 

O líder socialista diz ainda que o atual Executivo “já tinha entrado em gestãoe que não tinha nenhum propósito nem desígnio.  

Aquilo que está bem hoje é o que já estava bem há um ano, quando o governo do PS caiu”, refere. 

Aguiar-Branco? Pedro Nuno rejeita conflito institucional

O líder socialista foi questionado quanto às declarações feitas a seu respeito pelo presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco. Aguiar-Branco afirmou, durante a intervenção que fez no Conselho Nacional do PSD, na quarta-feira, que Pedro Nuno Santos fez "pior à democracia em seis dias do que André Ventura em seis anos".  Palavras que o secretário-geral socialista entendeu como resultado da “situação difícil” em que está o PSD. 

Percebo que alguns dirigentes do PSD estejam zangados”, declarou Pedro Nuno Santos, que disse não querer “dar importância excessiva a algumas declarações". 

O líder do PS rejeitou de forma assertiva que a situação tenha criado qualquer tipo de “conflito institucional. 

"O PS é um partido institucional”, sublinhou Do ponto de vista instrucional, não há nenhuma mácula, nem do ponto de vista pessoal, acrescentou. 

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