Em dois meses foram feitos 20 pedidos de mobilidade. Número que ganha dimensão quando somado aos despedimentos, às baixas e às aposentações. Para o Sindicato dos Técnicos de Migração é necessária uma política de imigração consciente.
Queixa-se da constante pressão e da falta de atratividade na carreira. O resultado destes problemas é visível todos os dias à porta dos centros de atendimento da AIMA - Agência para a Integração, Migrações e Asilo.
“Secalhar começar pela comunicação interna, secalhar começar por termos ordens perfeitamente terminadas, secalhar por não termos uma estrutura de tal forma pesada, como se tivéssemos duas mil pessoas em que há não sei quantos departamentos, não sei quantas secções em que ninguém se entende”, diz Manuela Niza Ribeiro, sindicato dos técnicos de emigração.
A situação é sobretudo preocupante no Porto onde a carência de recursos humanos é expressiva e faz com que sejam distribuídas apenas 15 senhas por dia. Mas os problemas na AIMA estendem-se a várias zonas do país.
“No caso de Braga, a AIMA deixou de ter uma sede, digamos assim, e passou tudo para a loja do cidadão o que dá a sensação que se quer reduzir a agência a um mero balcão de atendimento. Em Coimbra está a proceder-se exatamente da mesma forma. Uma sede que tinha três andares neste momento tem apenas um, os outros todos foram despejados para teletrabalho”, explica Manuela.
Nos Açores, o corte no subsídio de insularidade está a levar a mais saídas do setor. Todas estas preocupações vão chegar ainda esta semana ao secretário de Estado Adjunto da Presidência com quem o Sindicato espera reunir-se em breve para discutir a possibilidade de ser criada uma carreira específica com formações para responder aos atuais desafios.