As vítimas têm em média 10 anos e mais de metade são do sexo feminino. Em 2024, a Associação de Apoio à Vítima (APAV) registou quase 3.500 crimes (3.424) contra crianças e jovens, 66 por semana mais sete do que em 2023 (59).
De acordo com os indices da APAV, antecipados pelo Diário de Notícias, o agressor é maioritariamente do sexo masculino, muitas vezes o pai, mas também a mãe, padrastro ou madrasta.
Em 2024 aumentou o registo de crimes sexuais denunciados por familiares e amigos, os pedidos de acompanhamento, de diligência processuais e também o número total de crimes (31.242) relativamente ao ano anterior (30.950).
Grande parte são crimes de violência doméstica (76%), numa percentagem menor, os crimes sexuais contra crianças e jovens (6,4%) e as ofensas à integridade física (2,7%).
O cibercrime também subiu, sobretudo com jovens dos 12 aos 15 anos. Já na faixa etária dos 60 anos, a burla, em particular a burla romântica, tem feito mais vitimas, sobretudo mulheres sozinhas e pouco conhecedoras dos mecanismos da internet.
Em 2024, a APAV apoiou 16.630 vítimas, um aumento de 2,7% em relação ao ano anterior. Por dia atendeu em média 45 pessoas na maioria mulheres, em média com 45 anos. Os agressores são homens e o padrão mantém-se são maridos, companheiros ou ex-companheiros.