O carro em que seguia António Cardoso na manhã do dia 19 de março de 2023 foi destruído. Para-brisas partido, capô e tejadilho amassados, vidros laterais riscados. O despacho de acusação do Ministério Público refere a utilização de um pedaço de mangueira e de uma faca e também ameaças de morte. Tudo isto na estrada que liga Mangualde a Oliveira do Hospital.
António Cardoso, que nessa altura, já tinha saído do Chega, fez queixa na GNR e identificou claramente o agressor, um rival que ficou com o lugar de presidente da concelhia de Oliveira do Hospital. João Rogério Silva nega as acusações.
O presidente do Chega teria conhecimento das agressões, visto que o caso chegou ao conselho de jurisdição nacional. Mas só esta quinta-feira, confrontado pelos jornalistas com a manchete do Jornal de Notícias, falou sobre o assunto.
Ventura diz que é vítima de “perseguição”
“Eu não estou a dizer que aconteceu ou não. Estou a dizer que se eu a ameaçar a si, é grave, se me ameaçar a mim é grave, mas outra coisa é você por ao bolso dinheiro dos portugueses, andar a roubá-los há não sei quantos anos e esse mesmo jornal esquecer que isso acontece e ignorar isso nas suas páginas”, disse André Ventura, referindo-se às suspeitas de corrupção na câmara de Valongo, divulgadas por vários órgãos de comunicação social, incluindo o JN, por sinal, com destaque na primeira página.
André Ventura insiste em desviar as atenções de mais um caso de polícia nas fileiras do partido, atacando jornalistas e repetindo uma mentira. Diz que está a ser alvo de “pura perseguição política”.
Recentemente vieram a público acusações de crimes como furto de malas, álcool ao volante e prostituição de menores que terão sido cometidos por parte de militantes do Chega.