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André Ventura sabia de destruição de carro e ameaças de morte entre rivais do Chega

Há mais um dirigente do Chega a contas com a Justiça. O Ministério Público acusou um conselheiro nacional do partido dos crimes de dano e de ameaça agravada, que podem dar pena de prisão. O caso terá sido motivado por guerras internas na concelhia do Chega de Oliveira do Hospital. André Ventura sabia de tudo, mas não afastou ninguém.

Ana Luísa Galvão

Nelson Mateus

Rui Carlos Teixeira

Jorge Costa

O carro em que seguia António Cardoso na manhã do dia 19 de março de 2023 foi destruído. Para-brisas partido, capô e tejadilho amassados, vidros laterais riscados. O despacho de acusação do Ministério Público refere a utilização de um pedaço de mangueira e de uma faca e também ameaças de morte. Tudo isto na estrada que liga Mangualde a Oliveira do Hospital.

António Cardoso, que nessa altura, já tinha saído do Chega, fez queixa na GNR e identificou claramente o agressor, um rival que ficou com o lugar de presidente da concelhia de Oliveira do Hospital. João Rogério Silva nega as acusações.

O presidente do Chega teria conhecimento das agressões, visto que o caso chegou ao conselho de jurisdição nacional. Mas só esta quinta-feira, confrontado pelos jornalistas com a manchete do Jornal de Notícias, falou sobre o assunto.

Ventura diz que é vítima de “perseguição”

“Eu não estou a dizer que aconteceu ou não. Estou a dizer que se eu a ameaçar a si, é grave, se me ameaçar a mim é grave, mas outra coisa é você por ao bolso dinheiro dos portugueses, andar a roubá-los há não sei quantos anos e esse mesmo jornal esquecer que isso acontece e ignorar isso nas suas páginas”, disse André Ventura, referindo-se às suspeitas de corrupção na câmara de Valongo, divulgadas por vários órgãos de comunicação social, incluindo o JN, por sinal, com destaque na primeira página.

André Ventura insiste em desviar as atenções de mais um caso de polícia nas fileiras do partido, atacando jornalistas e repetindo uma mentira. Diz que está a ser alvo de “pura perseguição política”.

Recentemente vieram a público acusações de crimes como furto de malas, álcool ao volante e prostituição de menores que terão sido cometidos por parte de militantes do Chega.

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