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“Passou-se frio a noite toda, tive que ir a casa buscar mantas”: o relato de quem (des)espera no Amadora-Sintra

No fim de semana, o tempo médio de espera no Amadora-Sintra foi muito superior ao recomendado. À SIC, o pai de um utente encaminhado para aquelas urgências pelo SNS conta que esperou mais de 11 horas e foi mesmo obrigado a ir a casa buscar mantas tal era o frio.

SIC Notícias

O pai de um utente criticou as condições nas urgências do hospital Amadora-Sintra. No domingo, o filho - com pulseira amarela - esteve mais de 11 horas à espera para ser visto por um médico.

“Veio para aqui eram 13h30, encaminhado pelo SNS, e esteve até à meia-noite para ser visto por um médico”, revelou Joaquim Rosa.

O pai do utente conta que só havia um médico de serviço e que foi mesmo obrigado a ir a casa buscar mantas, tal era o frio que se fazia sentir na zona de espera.

“Fui a casa buscar mantas, passou-se frio a noite toda, é uma pouca vergonha”, lamentou.

No fim de semana, o tempo médio de espera no Amadora-Sintra chegou às 15 horas para doentes com pulseira amarela, quando o tempo recomendado é de apenas 60 minutos. Na segunda-feira, o diretor da urgência do hospital, Hugo Martins, demitiu-se por motivos pessoais.

O "apelo quase desesperado" da Ordem dos Médicos

O bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, diz que a situação que se vive no Amadora-Sintra se arrasta há meses e pede que a ministra da Saúde resolva estes problemas.

Em entrevista à SIC Notícias, acusa a administração do hospital de ignorar a segurança e manter a urgência cirúrgica aberta de "uma forma perigosa e irresponsável".

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