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Caso das mães: Bloco de Esquerda acredita que "não houve qualquer ilegalidade"

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, diz que “vê com bons olhos” a investigação do Ministério Público, porque poderá “esclarecer muitas das notícias falsas que têm saído”.

SIC Notícias

O caso dos cinco alegados despedimentos de recém-mães que trabalhavam no Bloco de Esquerda (BE), divulgados na semana passada pela revista 'Sábado', chegou à Justiça. A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu esta quinta-feira um inquérito.

A coordenadora do partido, Mariana Mortágua, diz que "vê com bons olhos" a investigação do Ministério Público, porque poderá "esclarecer muitas das notícias falsas que têm saído".

"Poderá também confirmar o propósito da ação do Bloco de Esquerda, que foi proteger essas pessoas. Esta tentativa e esforço, que pode ser confirmado facilmente, foi feito sem prejuízo das trabalhadores, sem prejuízo para a Segurança Social e para quem quer que seja", afirmou Mariana Mortágua, defendendo que "não houve qualquer ilegalidade nesse processo".

Admite erros que "hoje seriam evitados"

No entanto, numa carta aos bloquistas, a que a SIC teve acesso, a líder do BE reconhece erros e diz que, se fosse hoje, teriam sido evitados.

"Num processo penoso como aquele que vivemos em 2022, ao termos que terminar vínculos profissionais com metade das pessoas que empregávamos, nem tudo foi isento de falhas e o Bloco reconhece-o. Cometemos erros que lamentamos e que hoje teríamos evitado", lê-se na missiva.

O que aconteceu?

A notícia da Sábado fala em cinco trabalhadoras do Bloco de Esquerda que foram despedidas. Mães há pouco tempo que ainda amamentavam. A revista cita fontes que não identifica para sustentar os casos que terão ocorrido entre 2022 e 2024.

Duas das jovens mães exerciam funções no Parlamento Europeu. Outras duas trabalhavam nas redes sociais, tinham filhos de 2 e 9 meses, estavam a amamentar e os despedimentos terão ocorrido sem o parecer prévio da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego.

Por último, o quinto despedimento terá sido de uma jovem com um filho de 11 meses. Segundo uma fonte citada pela revista, o partido acabou por manter a trabalhadora ao perceber que a saída era ilegal.

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