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Após críticas, Pedro Nuno Santos esclarece: "Fizeram o melhor que era possível"

Pedro Nuno Santos reagiu às criticas sobre as declarações que fez sobre a imigração. Disse que é normal e voltou a garantir que não mudou de posição.

SIC Notícias

Pedro Nuno Santos reagiu esta sexta-feira às críticas sobre as declarações que fez sobre a imigração. Em declarações aos jornalistas, o secretário-geral do Partido Socialista disse que é normal e voltou a garantir que não mudou de opinião.

“Nós temos que encarar com normalidade, aliás estamos a falar de pessoas que tiveram responsabilidades governativas, que fizeram o melhor que estava ao seu alcance para acolher e dar resposta à procura por parte de empresas e de trabalhadores estrangeiros trabalharem em Portugal. Fizeram o melhor que era possível e acreditam no instrumento de manifestação de interesse, um instrumento no qual eu não acredito", disse.

Acrescentando, depois, que "ouvir as preocupações de um partido humanista como um partido socialista deve ser receber com condições e com a capacidade de integrar. E a verdade é que nós recebemos um número muito elevado de imigrantes e o país não estava preparado, o estado social não estava preparado para os receber”.

As declarações da discórdia

Em entrevista ao jornal Expresso, Pedro Nuno Santos apontou erros nas decisões do partido em relação à imigração “nos últimos anos”, nomeadamente na questão da manifestação de interesse, mecanismo que não pretende recuperar.

Durante a conversa defendeu “a regulação da imigração de forma eficaz e humanista, com o outro lado, da integração”.

A posição do secretário-geral socialista gerou desconforto e críticas dentro do partido.

Eurico Brilhante Dias assumiu-se mesmo “incomodado” com o “léxico usado”, Ana Catarina Mendes confessou-se “estupefacta” e diz que vê “com grande preocupação" as declarações, ideia partilhada por José Luís Carneiro que diz que “assentam em pressupostos errados”.

Já Ana Gomes elogiou a posição e, nas redes sociais, escreveu que Pedro Nuno Santos “tem razão”.

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