O Procurador-Geral da República quer rapidez nos processos mais conhecidos e volta a dizer que é preciso resolver os mais antigos. O alerta de Amadeu Guerra foi feito durante uma visita ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal. Pediu também mais simplicidade para que a linguagem da Justiça seja compreendida.
Após completar 100 dias de mandato, Amadeu Guerra voltou a uma casa que conhece de alto a baixo.
O diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal entre 2013 e 2019 sabe quais são os problemas do departamento que investiga a criminalidade mais complexa e violenta. Entre eles, os atrasos nos processos. Diz que é urgente encontrar soluções.
"Não passa necessariamente por colocar mais pessoas, passa necessariamente por tentarmos que os OPC sejam mais rápidos, que as perícias demorem menos tempo e sejamos mais pragmáticos nos processos", afirma.
Entre as prioridades estão o encerramento dos processos mais antigos e o controlo da duração das investigações, sobretudo das que estão na ordem do dia.
"Falámos já com o sr. diretor do DCIAP, falámos com os magistrados que estão nos processos mais importantes em termos mediáticos e públicos. Continuamos a fazer reuniões sobre cada um dos processos. Vai acontecer já esta semana. A nossa ideia é verificar o ponto da situação, verificar os condicionamentos que os processos têm e resolvê-los nomeadamente ao nível dos OPCS e das perícias económicas, financeiras e informáticas. Estamos em estreita colaboração com a Polícia Judiciária", garante.
O Procurador-Geral da República, que assumiu a pasta em outubro, prometeu visitar as 23 comarcas do país.