O procurador-geral da República espera que a decisão da Operação Influencer esteja para breve, mas alerta que tudo depende do processo. Sobre António Costa, Amadeu Guerra explica que há documentos que ainda não foram totalmente verificados.
“Há um acervo documental, que foi apreendido nas buscas por parte dos procuradores que fizeram as diligências, e, tanto quanto sei, ainda não está totalmente verificado”, afirmou, esta sexta-feira, o procurador-geral da República, em declarações aos jornalistas.
Questionado se será possível haver uma decisão em breve, Amadeu Guerra responde: “Eu espero que sim, mas depende um bocado do processo”.
O procurador-geral da República tinha revelado, recentemente, que o ex-primeiro-ministro ainda se encontra sob investigação, no processo Operação Influencer, apesar de não ter sido constituído arguido, cerca de um ano depois do lançamento da operação pelo Ministério Público.
A Operação Influencer levou às detenções de várias personalidades, entre elas o então chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, e do advogado e consultor Diogo Lacerda Machado, além de Nuno Mascarenhas, presidente da Câmara de Sines, e de administradores da empresa Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, tendo ainda sido constituídos arguidos o ex-ministro das Infraestruturas João Galamba, o ex-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta e o advogado João Tiago Silveira.
O processo está relacionado com a construção de um centro de dados na zona industrial de Sines, com a produção de energia a partir de hidrogénio em Sines e com a exploração de lítio em Montalegre e Boticas.