A informação está a ser avançada pelo semanário Expresso. A caução de 600 mil euros, aplicada no âmbito da operação Influencer, foi devolvida à Start Campus. A ordem foi dada, conta o Expresso, pelo juiz Nuno Dias Costa, do Tribunal Central de Instrução Criminal.
Os 600 mil euros foram pagos em novembro do ano passado na sequência das medidas de coação aplicadas à empresa do centro de dados de Sines.
Recusando comentar esta decisão, o presidente executivo da Start Campus, Robert Dunn, disse apenas ao Expresso que “a Start Campus acredita que o projeto irá contribuir significativamente para a transição energética de Portugal e para a transformação digital e que responderá à crescente procura das empresas tecnológicas internacionais, criando empregos e ajudando a formar uma nova indústria no país”.
A operação que derrubou o Governo de Costa
António Costa demitiu-se do cargo de primeiro-ministro em novembro de 2023, após ter sido divulgado que era alvo de um inquérito instaurado no Ministério Público junto do Supremo Tribunal de Justiça após ter sido extraída uma certidão do processo-crime Operação Influencer.
A Operação Influencer levou na altura à detenção de Vítor Escária (chefe de gabinete de António Costa), Diogo Lacerda Machado (consultor e amigo de António Costa), dos administradores da empresa Start Campus Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e do presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, que ficaram em liberdade após interrogatório judicial.
Existem ainda outros arguidos, incluindo o ex-ministro das Infraestruturas João Galamba, o ex-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente Nuno Lacasta, o ex-porta-voz do PS João Tiago Silveira e a Start Campus.
O caso está relacionado com o projeto de construção de um centro de dados na zona industrial e logística de Sines pela Start Campus, a produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, e a exploração de lítio no distrito de vila Real, em Montalegre e Boticas.
Com LUSA