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"Cheguei à 01:30": à chuva e ao frio, imigrantes esperam horas por atendimento na AIMA e Loja do Cidadão

As filas para os serviços públicos em Lisboa são recorrentes. Muitos imigrantes chegam de madrugada para garantirem atendimento. Aguardam à chuva e ao frio a noite toda. A situação piora durante o inverno. Para já, não há sinais de melhorias.

Joana Rita de Almeida

José Silva

Daniel Fernandes

Continuam as filas de espera para atendimento em diversos serviços públicos de Lisboa. Na Loja do Cidadão, no Saldanha, mais de 200 pessoas esperaram horas antes da abertura para garantirem atendimento. Muitas chegaram ainda de madrugada. Já no Centro Hindu, em Telheiras, uma das estruturas da AIMA, os imigrantes também aguardaram durante a madrugada à chuva e ao frio.

Ainda de madrugada organizam-se numa fila em frente ao Centro Hindu, no Lumiar, onde funciona parte dos serviços da Agência para Integração e Asilo. Com marcação ou sem, chegam muitas horas antes da abertura. Não encontram condições para esperarem tanto tempo mas não têm alternativa.

A estrutura de missão criada há quatro meses já atendeu 200 mil imigrantes.Tenta dar resposta aos mais de 400 mil processos ainda pendentes.

Com horário alargado, começam a ser resolvidos. Há quem só depois de um ano no país seja chamado pela primeira vez

Do outro lado da cidade, na Loja do Cidadão do Saldanha, às 08:30, a fila já se estendia por vários metros. Mais de 200 pessoas aguardavam há horas. Quase todas chegaram de madrugada à chuva e ao frio para conseguirem uma senha.

Depois da longa espera, as portas abriram à hora exata. Todas as pessoas na fila conseguiram entrar. Nem todas foram atendidas. Meia hora após a abertura, as senhas para as finanças e segurança social esgotaram.

As filas para os serviços públicos são recorrentes. A situação piora durante o inverno. Para já, não há sinais de melhorias.

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