Foi com cantares da terra que a população levou, novamente, para a rua na manhã deste sábado uma luta que já leva anos. Desta vez, para deixar claro que estão contra a servidão administrativa atribuída pelo Governo a favor da empresa mineira, dando-lhe o poder de aceder aos terrenos
para fazer a prospecção.
“Estamos revoltados e não aceitamos ser-nos imposto um projeto à força que não queremos, não queremos dinheiro nenhum, queremos que nos deixem em paz”
Para a consturção da mina, a empresa britânica precisa de quase 600 hectares. Já comprou 100 terrenos, mas há ainda mais de 400 parcelas para as quais apresentou propostas de aquisição.
Os moradores não aceitam nem a compra, nem os impactos sociais e ambientais que a exploração mineira irá trazer.
Ao protesto, juntou-se também a coordenadora do Bloco de Esquerda que diz que “o Interior não está a ser protegido”.
A comunidade tem feito sucessivas manifestações contra a exploração de litio e tem conseguido adiar o processo. Além disso, garante que aconteça o que acontecer, enquanto o projeto da exploração mineira continuar também a luta não vai parar.