Com Mário Centeno fora da corrida a Belém, António Vitorino e António José Seguro são os nomes apontados para uma possível candidatura apoiada pelo Partido Socialista (PS). Em entrevista à SIC Notícias, Pedro Adão e Silva considera que o processo das presidenciais tem sido gerido de forma "atabalhoada" pelos socialistas.
Para o ex-ministro da Cultura durante o Governo de António Costa, as próximas eleições presidenciais vão ser "muito diferentes das cinco anteriores", a começar pelos possíveis candidatos para o cargo de Presidente da República.
"São pessoas muito respeitáveis, com grandes qualidades intelectuais e políticas, mas na comparação com os que foram presidentes no passado há uma grande diferença", sublinha Pedro Adão e Silva.
Relembra que António Vitorino, apesar de ter sido Comissário Europeu para a Justiça e Assuntos Internos, está afastado da vida política há vários anos e teve poucos cargos de relevo a nível nacional.
"Há coisa que se diz sempre em relação aos Presidentes da República: é o cargo mais marcado pela personalidade que o exerce. Nós procuramos uma personalidade e uma personalidade precisa de ter uma história que os portugueses conheçam todos", acrescenta.
Pedro Adão e Silva critica as últimas sondagens que, na sua opinião, servem apenas para gerar "ruído", assim como a "multiplicação de candidatos". Da sua parte, descarta na totalidade uma eventual candidatura a Belém.
Autárquicas 2025: Carlos Moedas vs Alexandra Leitão
Questionado sobre a candidatura de Alexandra Leitão à Câmara Municipal de Lisboa (CML), Pedro Adão e Silva diz compreender a decisão de Pedro Nuno Santose critica a falta de resolução dos problemas durante o mandato de Carlos Moedas.
"O que eu não consigo compreender é porquê só agora [apresentação da candidatura]. Eu vivo em Lisboa, sou lisboeta e sou um dos muitos que faz uma avaliação muito negativa da paralisia em que está Lisboa, onde não se resolveu nenhum problema e senti sempre uma falta de voz de alguém que desse voz e contruísse uma alternativa à cidade", sublinha.