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Pedro Adão e Silva: "O processo que tem sido gerido de forma mais atabalhoada é o das presidenciais"

O ex-ministro da Cultura considera que o Partido Socialista (PS) tem gerido de forma "atabalhoada" o processo de escolha de um candidato para as eleições presidenciais de 2026. Quanto às eleições autárquicas, Pedro Adão e Silva vê com bons olhos a candidatura de Alexandra Leitão à Camara Municipal de Lisboa (CML), mas critica a demora.

Mariana Jerónimo

Com Mário Centeno fora da corrida a Belém, António Vitorino e António José Seguro são os nomes apontados para uma possível candidatura apoiada pelo Partido Socialista (PS). Em entrevista à SIC Notícias, Pedro Adão e Silva considera que o processo das presidenciais tem sido gerido de forma "atabalhoada" pelos socialistas.

Para o ex-ministro da Cultura durante o Governo de António Costa, as próximas eleições presidenciais vão ser "muito diferentes das cinco anteriores", a começar pelos possíveis candidatos para o cargo de Presidente da República.

"São pessoas muito respeitáveis, com grandes qualidades intelectuais e políticas, mas na comparação com os que foram presidentes no passado há uma grande diferença", sublinha Pedro Adão e Silva.

Relembra que António Vitorino, apesar de ter sido Comissário Europeu para a Justiça e Assuntos Internos, está afastado da vida política há vários anos e teve poucos cargos de relevo a nível nacional.

"Há coisa que se diz sempre em relação aos Presidentes da República: é o cargo mais marcado pela personalidade que o exerce. Nós procuramos uma personalidade e uma personalidade precisa de ter uma história que os portugueses conheçam todos", acrescenta.

Pedro Adão e Silva critica as últimas sondagens que, na sua opinião, servem apenas para gerar "ruído", assim como a "multiplicação de candidatos". Da sua parte, descarta na totalidade uma eventual candidatura a Belém.

Autárquicas 2025: Carlos Moedas vs Alexandra Leitão

Questionado sobre a candidatura de Alexandra Leitão à Câmara Municipal de Lisboa (CML), Pedro Adão e Silva diz compreender a decisão de Pedro Nuno Santose critica a falta de resolução dos problemas durante o mandato de Carlos Moedas.

"O que eu não consigo compreender é porquê só agora [apresentação da candidatura]. Eu vivo em Lisboa, sou lisboeta e sou um dos muitos que faz uma avaliação muito negativa da paralisia em que está Lisboa, onde não se resolveu nenhum problema e senti sempre uma falta de voz de alguém que desse voz e contruísse uma alternativa à cidade", sublinha.

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