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Em véspera de greve nos serviços de recolha, sacos do lixo começam a acumular-se nas ruas de Lisboa

Em Lisboa começam a ver-se e a sentir-se os efeitos da greve dos trabalhadores da recolha do lixo que se vai prolonga, nos próximos dias, até 2 de Janeiro.

Ana Paula Almeida

João Venda

Paulo Gamito

É normal que a quantidade de lixo aumente, entre os embrulhos dos presentes, as sobras da consoada e do dia de Natal mas é possível que, por estes dias, a situação piore.

Isto porque os trabalhadores que fazem a recolha do lixo estão em greve, esta quinta-feira e sexta-feira, e o resultado já salta à vista em algumas artérias de Lisboa.

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) decretou serviços mínimos com 167 trabalhadores, criou 71 circuitos alternativos e instalou 57 contentores por toda a cidade para tentar atenuar os efeitos do lixo que se vai acumulando por 24 freguesias.

Por falta de civismo, ainda que estejam a poucos metros, há sempre quem deite os sacos de lixo para o chão ou os deixe, simplesmente, no passeio. sacos abertos ou mal fechados, com restos de comida e detritos mal acondicionados. Os moradores queixam-se da presença de ratazanas perto deles e falam de perigo para a saúde pública.

São recolhidas 900 toneladas de lixo por dia. Os trabalhadores da Higiene Urbana, agora em greve, dizem ter um défice de 208 funcionários e pedem melhores condições de trabalho à autarquia.

O Edil responde que, o Sindicato dos Trabalhadores do Município e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, não quiseram chegar a acordo nem desconvocar a greve.

À SIC, um casal de moradores da Avenida Almirante Reis disse que, uma vez mais, já levou e vai continuar a levar, os sacos de lixo do prédio para Loures, um concelho vizinho.

Esta greve geral prossegue, até sábado, bem como a greve ao trabalho extraordinário, até às 06:00 da manhã do dia 2 de Janeiro.

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