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Montenegro acusa PS e Chega de “aliança estratégica” para derrubar governo da AD na Madeira

O primeiro-ministro afirmou também que, mesmo a nível nacional, os partidos de Pedro Nuno Santos e André Ventura se juntam para invadir a esfera do poder executivo e pôr em causa o equilíbrio de poderes.

Rita Carvalho Pereira

Luís Montenegro acusa o PS e o Chega de se juntarem numa “aliança estratégica do contra” para derrubar o governo da Aliança Democrática na Madeira. O primeiro-ministro fala numa “cultura do caos” que é prejudicial à democracia portuguesa e que põe em causa o equilíbrio de poderes.  

Durante o discurso no jantar de Natal na Assembleia da República, Luís Montenegro abordou a queda do governo regional madeirense, esta terça-feira, após a aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega e viabilizada pela restante oposição. 

Aconteceu alguma coisa de novo desde que os madeirenses e portosantenses foram àsurnas daúltima vez? Alguma justificação plausível, que não apenas argumentos de lana-caprina, para deitar abaixo um governo legitimado?”, questionou o primeiro-ministro. 

Para Luís Montenegro, é preciso respeitar “a vontade do povo”, que elegeu Miguel Albuquerque como presidente do governo regional, “independentemente de se gostar” do atual líder madeirense. 

Esta cultura do caos, do impasse, da aliança estratégica do contra, é uma cultura que não faz falta à democracia portuguesa”, declarou. 

"Aliança" estende-se ao panorama nacional

O chefe do Governo central considera que esta aliança tem também feito caminho no Parlamento nacional, onde, afirma, PS e Chega apostam em “jogos estéreis que não interessam a ninguém, a não ser aos mesmos - ele próprios.

É estranhíssimo que estes dois partidos da oposição se relacionem de formacombinada para ou inviabilizar propostas do governo, ou viabilizar propostas de uns”, atirou.

“Para já, de uns, mas nunca se sabe”, reiterou, sugerindo que, no futuro, além de o Chega viabilizar propostas do PS, poderá ser o PS também a viabilizar propostas do Chega.

Para o primeiro-ministro, os partidos de Pedro Nuno Santos e André Ventura atropelam mesmo o equilíbrio de poderes, impedindo o governo de exercer as suas funções.

Fazem uma aliança estratégia e conduzem interesses que julgam comuns e benéficos para ambos, muitas vezes invadindo a esfera do poder executivo, invadindo o normal funcionamento do nosso sistema político na sua conceção de equilíbrio de poderes, declarou.

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