Desde 2013 que não se reformavam tantos professores e só este mês foram entregues 506 pedidos de aposentação. Com o aumento das reformas são cada vez mais dificeis as colocações.
O primeiro período do ano letivo 2024/2025 está a terminar e, como em anos anteriores, com professores em falta.
2024 foi o ano com mais aposentações desde 2013: 3.981 professores deixaram de dar aulas e, segundo o Diário de Notícias, só este mês foram apresentados 506 pedidos.
As colocações e substituições são cada vez mais difíceis e muitos professores do quadro asseguram, através de horas extraordinárias, horários que não estão preenchidos.
Esta é uma das medidas do Governo para colmatar a escassez de docentes, que se faz sentir sobretudo em Lisboa e Vale do Tejo , Alentejo e Algarve, a par do subsidio de deslocação, pago a quem for colocado em escolas carenciadas e que deixa de fora 574 das 808 escolas e agrupamentos existentes.
O concurso extraordinário permitiu regularizar a situação de professores que já lecionavam, mas inclui 174 vinculados sem profissionalização. O adiamento das reformas, o regresso de aposentados e de outros professores que tinham saído do sistema de ensino são outras medidas do Ministério da Educação que não têm sido suficientemente eficazes.
O Governo de Luís Montenegro tinha-se comprometido a diminuir em 90% o número de alunos sem aulas no final do primeiro período, mas depois do engano com os números e de ter sido determinada uma auditoria externa para perceber o erro, a tutela apresentou novos números: há 26 mil alunos sem professor de forma não permanente; de forma permanente são 878, números absolutos que, não podendo ser comparados com os do ano anterior, não permitem aferir se as medidas do Governo estão próximas ou muito longe da meta definida para o primeiro período letivo.