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Grávidas passam a ter de ligar para a linha Saúde 24 antes de irem às urgências

Novo modelo, que é aplicado noutros países da União Europeia, arranca, para já, nas urgências de Lisboa e Vale do Tejo. Se for bem sucedido, deverá ser alargado ao resto do país até fevereiro.

Fernanda de Oliveira Ribeiro

Daniel Fernandes

A partir deste sábado, as grávidas passam a ter de ligar para a linha Saúde 24 antes de irem às urgências. Um teste que tinha sido anunciado pela ministra da Saúde em outubro e que arranca, para já, nas urgências de Lisboa e Vale do Tejo. Os médicos não concordam e avisam que a medida prejudica a segurança das grávidas.

A Portaria obriga as utentes a fazerem um telefonema prévio à entrada numa urgência de Ginecologia e Obstetrícia, mesmo que já estejam no edifício, para, se for o caso, ser encaminhada para uma consulta de dia ou para o centro de saúde ou ainda para outra especialidade. Além disso, prevê ainda uma redução do número de especialistas no atendimento.

Elogiando o modelo já aplicado noutros países da União Europeia, na Portaria explica-se que os objetivos passam por reduzir o número de médicos diariamente alocados às urgências de Obstetrícia e Ginecologia, diminuir as horas extraordinárias necessárias e aumentar a disponibilidade dos profissionais de saúde para outras atividades essenciais não urgentes.

Sindicatos dos médicos contestam alterações

O Sindicato Independente dos Médicos e a Federação Nacional dos Médicos são perentórios na avaliação que faz desta medida do Governo. Os sindicatos acreditam que as condições de trabalho a que obriga a Portaria vão levar mais especialistas a querer sair do Serviço Nacional de Saúde.

Estas medidas estão integradas num projeto-piloto a aplicar na região de Lisboa e Vale do Tejo, que, a ser bem sucedido, deverá ser alargado ao resto do país daqui a três meses.

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