Nos últimos 4 anos, registaram-se 437 condenações por pornografia infantil ou crimes sexuais online em Portugal. Os dados da Polícia Judiciária revelam a tendência de crescimento deste tipo de crime.
O rastreamento e uma melhor cooperação internacional na partilha de informação estão a ajudar a detetar os crimes sexuais online, é esta a constatação do diretor nacional adjunto da Polícia Judiciária.
Em entrevista ao jornal Público, Carlos Farinha considera que o facto da sociedade estar mais atenta a este fenómeno está a contribuir para o crescimento da sinalização e denúncia destes casos, até porque
o digital está cada vez mais presente na vida das pessoas.
A tendência dos crimes sexuais online e de pornografia infantil é assim crescente, a avaliar pelos dados dos últimos cinco anos.
Em 2019, a Polícia Judiciária registou os casos de 40 crianças e jovens, até aos 17 anos, vítimas da criminalidade sexual online;
Em 2020, as vítimas já eram 71 e, em 2021, 56. Em 2022 estes números dispararam para as 356 vítimas ;e para as 303 em 2023.
Até setembro de 2024, 202 crianças sofreram crimes sexuais online. Elas representam mais de dois terços do total das vítimas da criminalidade sexual global.