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Suspeitos do ataque a motorista da Carris terão estado envolvidos em sequestro no ano passado

A vítima esteve em coma nos cuidados intensivos com queimaduras de segundo e terceiro grau provocadas por cocktails molotov lançados na noite de 24 de outubro.

Pedro Freitas

Os dois detidos por tentativa de homicídio de um motorista da Carris em Loures são também suspeitos de um sequestro no ano passado. Estiveram em prisão preventiva e saíram em liberdade há sete meses.

Wilson Tavares Mendes e Pedro Daniel Quadros são a face visível de duas investigações distintas em curso, ambas em segredo de justiça.

Ao que a SIC apurou, entraram na cadeia de Braga algemados, a 22 de fevereiro, no âmbito do mesmo processo que investiga crimes de sequestro, ofensas à integridade física e coação.

Os dois jovens que partilham o gosto pelo drill, uma espécie de rap mais agressivo e alegados membros de um grupo criminoso responsável por vários assaltos.

Eram colocados atrás das grades em prisão preventiva, de onde acabariam por sair dois meses depois, a 30 de abril. Estiveram os últimos sete meses em liberdade.

Muitos moradores até dizem saber quem são os culpados recusam no entanto identificá-los com medo de represálias. Para a Polícia Judiciária não há dúvidas quem está por detrás da alegada tentativa de homicídio de um motorista da Carris, numa madrugada de outubro.

Wilson, "Will" para os amigos, de 22 anos e Pedro, de 23, são responsáveis mas não foram os únicos e por isso a investigação prossegue.

Em tribunal, os dois jovens desmentiram os crimes de tentativa de homicídio qualificado, incêndio e dano.

As explicações não convenceram o juiz e os suspeitos foram colocados agora de novo em prisão preventiva, desta vez na cadeia de Lisboa, a vários quilómetros de distancia do alegado crime de sequestro praticado em Viana do Castelo.

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