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Mais de 10 mil crianças vacinadas contra o vírus sincicial respiratório num mês

No último mês, mais de dez mil crianças foram vacinadas contra o vírus sincicial respiratório (VSR). Este é o primeiro balanço desde que a vacina passou a ser gratuita. A grande procura tem gerado problemas de abastecimento.

Márcia Silva Gonçalves

José Vaio

Miguel Castro

O vírus sincicial respiratório é uma das principais causas de internamento de bebés com menos de um ano, e a imunização tem sido vista como uma medida crucial para prevenir casos graves.

Na Unidade Local de Saúde do São João, que abrange várias unidades de saúde familiar, mais de 600 bebés já foram vacinados. A história de Inês Rocha, mãe do pequeno Dinis, de apenas 2 meses, ilustra a importância desta imunização. Inês não hesitou em vacinar o filho mais novo, após ter enfrentado uma dura experiência com outro filho, que contraiu o vírus e ainda vive com sequelas, mesmo aos 6 anos de idade.

A procura pela vacina reflete a consciencialização dos pais para a gravidade do vírus. A Direção-Geral da Saúde reafirma que estão a ser feitos esforços para garantir o abastecimento, assegurando que todos os bebés elegíveis têm acesso à imunização.

A imunização contra a infeção pelo VSR está disponível em maternidades dos setores público, privado e social para as crianças nascidas entre 15 de outubro de 2024 e 31 de março de 2025; e nas instituições de saúde do SNS para as crianças nascidas entre 1 de agosto de 2024 e 14 de outubro de 2024, e crianças com fatores de risco definidos.

O alargamento a outros grupos será avaliado no futuro, de acordo com a evolução do conhecimento.

VSR: como se transmite e quais os sintomas

Segundo as autoridades de saúde é um vírus muito contagioso, que pode sobreviver várias horas nas mãos ou objetos contaminados, sendo muito comum a transmissão entre irmãos.

Transmite-se com a introdução do vírus através do nariz, olhos ou boca depois do contacto com secreções ou objetos que contêm os vírus, sendo que, geralmente, o período de incubação varia entre dois e oito dias.

Os sintomas mais frequentes são:

  • secreções nasais e oculares;
  • tosse;
  • pieira;
  • febre;
  • dificuldade em respirar;
  • prostração;
  • diminuição do apetite.

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