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Sindicato Nacional dos Motoristas apela à segurança e critica onda de vandalismo

O sindicalista Manuel Oliveira revelou que, embora os motoristas não estejam a recusar o trabalho, há uma “apreensão” crescente face aos recentes episódios de violência. Em resposta, o sindicato tomou medidas para evitar que motoristas atuem em “áreas sensíveis a certas horas do dia”.

SIC Notícias

Um autocarro da Carris Metropolitana foi esta noite apedrejado no Bairro da Boavista, na freguesia de Benfica. Manuel Oliveira, do Sindicato Nacional dos Motoristas, critica a onda de vandalismo que se seguiu à morte de um morador da Cova da Moura, baleado por um agente da PSP.

Manuel Oliveira sublinhou que, embora compreenda a revolta da população, “um problema não se resolve com a criação de outro” e “atos de vandalismo” não são o caminho para honrar a memória de Odair Moniz.

Para o sindicalista, é importante que a população e as autoridades mantenham a confiança nas instituições, defendendo que “o Ministério Público vai aferir as responsabilidades desta situação trágica”.

No entanto, destaca que é essencial que a homenagem a Odair Moniz “seja feita de forma civilizada”, criticando as agressões e vandalismo.

"Se estas pessoas querem prestar homenagem a esse cidadão que teve esse fim trágico, que o prestem de uma maneira civilizada, de uma maneira educada, sem colocar em questão pessoas e bens".

Preocupação com a segurança dos motoristas e medidas propostas

O dirigente sindical revelou que, embora os motoristas não estejam a recusar o trabalho, “pode haver aqui alguma apreensão para para o desempenho de alguns serviços determinado horário" face aos recentes episódios de violência.

"Aquilo que nós estamos a evitar, é convidar motoristas que estejam a desempenhar serviço em certas e determinadas áreas, em certa determinada horário do dia que possam não desempenhar esse serviço".

Ao ser questionado sobre a proposta da presença de agentes da PSP nos autocarros, Oliveira criticou a ideia, considerando-a “demagógica” e "irrealista".

Em vez disso, o sindicato defende que as forças de segurança aumentem o “patrulhamento de proximidade para construir empatia e uma relação de confiança com a população", sublinhando que “a PSP deve acrescentar e não diminuir”.

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