Eduardo tem 21 anos e frequenta o curso de técnico de armazém, adega e lagar, em Reguengos de Monsaraz. A formação faz parte do PRO_MOV, um programa nacional que junta o Instituto do Emprego e Formação Profissional a empresas de vários setores e que aposta em áreas nas quais há mais oferta de emprego.
“Tinha acabado a escola, não tinha arranjado ainda emprego, depois entretanto fui ao site do centro de emprego, centro de formação, e encontrei lá este curso e decidi me inscrever. Primeiro tive aulas para perceber o que é que ia fazer e como é que se ia processar”, explica Eduardo Passinhas, formando do PRO_MOV.
Passou depois à prática, nesta adega, e está a poucas semanas de concluir o estágio.
“Gostaria de ficar aqui, até agora tem estado tudo a correr bem. Aqui costumo pôr as etiquetas das garrafas e depois fechar e meter noutra palete. Aqui também se faz o carregamento de camiões… contentores com empilhadores ou contentores à mão”, conta Eduardo Passinhas.
O programa faz agora parte de uma plataforma europeia lançada, por agora, apenas em Portugal e Espanha, com o objetivo de requalificar trabalhadores que estão no desemprego, ou que têm neste momento trabalhos que podem não ter um futuro certo.
“É uma plataforma que salvaguarda que toda a oferta formativa que lá estiver registada tem uma taxa de empregabilidade acima dos 70% e isso é uma mensagem muito forte que é importante passar quer para as nossas empresas, quer para termos mais empresas associadas ao programa. Neste momento já são cerca de 140 e também termos mais candidatos que acreditam no programa”, conta Luís Ribeiro, diretor do departamento de formação IEFP.
O portal pretende facilitar a vida de quem procura formação ou emprego com recurso à Inteligência artificial.
“Alguém que esteja nesta procura de se requalificar ao entrar na plataforma tem a possibilidade de colocar os seus dados, colocar o seu currículo, se não tiver um currículo vai conversando com o nosso ChatBot, com o sistema, e o sistema vai angariando essa informação e apresentar curso de formação que permite reduzir essas lacunas, Para aquelas pessoas que já acabaram o curso de requalificação e estão à procura de um emprego, então entram na plataforma e o que é que vão ver: vão ver logo que oportunidades de emprego estão de acordo com as suas competências”, explica Marta Cunha, diretora-executiva R4E.
Ainda numa versão piloto, a plataforma já disponibiliza mais de 20 cursos. Alguns, como os que envolvem o IEFP, são gratuitos, outros podem ter custos associados. A formação abrange áreas que vão desde o Digital à indústria, passando pela saúde e agricultura.