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Professores em protesto: "Os meus filhos, durante toda a vida, correram o país comigo"

Docentes manifestaram-se em frente ao Ministério da Educação, em Lisboa. Fenprof exige que a tutela trate todos os deslocados de igual forma, para que não haja exclusões.

Fernanda de Oliveira Ribeiro

Diana Pinheiro

Filipe Ferreira

Ana Rita Sena

Cerca de 100 professores protestam esta quinta-feira à porta do Ministério da Educação, em Lisboa. Desta vez exigem um subsídio de deslocação para todos os que dão aulas fora da área de residência.

Para combater a falta de professores, o Governo criou um apoio para compensar as colocações distantes da área de residência, mas as regras definidas, segundo os professores, estão a discriminar e a desencantar a classe.

"Na minha opinião, esta medida é apenas um chamariz. Não é uma medida que vá fazer efeito a longo prazo", afirma Cristina Oliveira, uma das docentes em protesto.

A Federação Nacional de Professores (Fenprof) exige que a tutela trate todos os deslocados de igual forma, para que não haja exclusões.

"Esta era uma medida que poderia ser positiva, mas que o ministério da Educação conseguiu transformar numa medida discriminatória", acusou Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof.

Para o sindicalista, deveria haver uma distinção entre o apoio dado a quem fica colocado longe de casa e um incentivo a quem quer dar aulas em escolas carenciadas

Apesar da ajuda, mesmo os que são abrangidos lamentam que o valor seja baixo para as despesas mensais que enfrentam: pagam mais um teto e ainda as deslocações a casa para rever a família.

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