Fábio Loureiro, também conhecido como Fábio “Cigano”, foi detido na noite de domingo em Tânger, Marrocos, depois de ter fugido da prisão de Vale de Judeus, em Alcoentre.
O advogado Miguel Matias explicou à SIC que o homem, assim que regressar a Portugal, deverá ser julgado por um crime novo e a pena associada à fuga de Vale de Judeus será cumprida após a pena a que já está condenado.
“Nós não estamos a falar de cúmulo jurídico, estamos a falar de uma decisão que já foi transitada em julgado, que já estava transitado em julgado, é um crime novo e há aqui não um cúmulo, mas uma sucessão e neste caso concreto ele será julgado por este novo crime e ser-lhe-á aplicada a pena que cumprirá após cumprimento desta primeira pena de 25 anos”. explica o advogado
De acordo com o advogado, a limitação de 25 anos acaba por ser “extraordinariamente ultrapassada” porque senão Fábio Loureiro sairia impune de qualquer tipo de crime “mesmo que fosse um novo homicídio, porque já tinha sido condenado a 25 anos de prisão” .
Em entrevista à SIC, Miguel Matias explicou, ainda, que o homem deverá cumprir pena no Estabelecimento Prisional de alta segurança de Monsanto.
“Exatamente irá para uma prisão de segurança máxima que é no Monsanto porque a prisão de Vale do Judeus também é uma prisão de segurança elevada, mas não máxima. Irá certamente para Monsanto para cumprimento do resto da pena”.
Ao que a SIC apurou, o homem estaria a viver em Marrocos e estaria em casa de outro português que o estaria a ajudar. Recorde-se que Fábio Loureiro estava condenado pelos crimes de rapto, tráfico de estupefacientes, associação criminosa, roubo à mão armada e evasão. Vai agora ser presente às autoridades judiciais de Marrocos tendo em vista a sua extradição para Portugal para efeitos de cumprimento de pena.