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Grupo de portugueses retirados do Líbano já está em Lisboa

Ao grupo inicial de 24 cidadãos juntaram-se mais 20. Todos foram transportados para Chipre, onde fizeram escalada, e daí rumaram ao aeroporto de Figo Maduro, em Lisboa. Governo admite “operações futuras” de repatriamento, sem especificar quantos portugueses estão ainda no Líbano.

Ana Lemos

Ana Isabel Leite

Aterrou pouco depois das 20:30 deste sábado em Lisboa, o avião da Força Áerea que transportava os 44 cidadãos retirados do Líbano. O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Nuno Sampaio, recebeu estes portugueses que pediram ajuda para sair do país. Ao que a SIC apurou, oito crianças fazem parte do grupo.

A operação de repatriamento começou na sexta-feira mas, por razões de segurança, não foram revelados detalhes até hoje.

Estes 28 portugueses e os seus familiares diretos foram inicialmente transportados para Lanarca, no Chipre, e daí rumaram a Portugal num voo militar.

Em comunicado enviado às redações, o Ministério dos Negócios Estrangeiros informa que esta operação “envolveu um avião Falcon-50 e um avião KC-390” e escarece que o grupo que aterrou, esta noite de sábado no aeroporto de Figo Maduro, é composto por “28 cidadãos portugueses e seus familiares”, num total de 44 pessoas.

“No dia 27 de setembro, a Força Aérea Portuguesa (FAP) participou no esforço de repatriamento de 28 cidadãos portugueses e seus familiares, residentes no Líbano. Todos os passageiros foram transportados em segurança para o Chipre numa aeronave Falcon-50 da FAP, tendo embarcado hoje à tarde num avião KC-390 da FAP, com destino a Lisboa”, lê-se no comunicado.

Em declarações aos jornalistas, o secretário de Estado Nuno Sampaio não especificou quantos portugueses estão ainda no Líbano mas admitiu a possibilidade de “operações futuras” de repatriamento. O governante reiterou ainda que o Executivo mantém-se “atento” e está “preocupado” com o conflito no Médio Oriente.

Perante a escalada do conflito, a União Europeia recomenda a que se evite o espaço aéreo libanês e israelita, nas próximas semanas.

Israel e o Hezbollah têm trocado tiros na fronteira israelo-libanesa desde o início da ofensiva israelita na Faixa de Gaza, há 11 meses, desencadeada por um ataque do grupo extremista palestiniano Hamas.

Esta escalada de violência tem levado milhares de pessoas a sair do Líbano.

Já este sábado, o Hezbollah confirmou a morte do seu líder, Hassan Nasrallah, num ataque aéreo israelita, segundo a agência norte-americana AP.

[Notícia atualizada às 22h20]

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