As escolas receberam do Ministério da Educação a indicação de que terão de pedir a devolução dos routers e cartões de internet a alunos e professores. Os sindicatos falam de um recuo no processo de digitalização e os diretores das escolas querem reverter a decisão.
"Eles [os professores] usam muito a internet por razões de trabalho: preparam as aulas, fazem reuniões online a partir de casa (…) Espero que o Ministério da Educação e o Governo revertam esta decisão", diz Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas.
Francisco Gonçalves, da FENPROF, afirma que isto “é colocar as pessoas a pagar para trabalhar”. Os sindicatos consideram que se trata de um recuo no processo digital.
Já a partir de outubro, o acesso gratuito à internet fora das escolas será apenas para estudantes com ação social escolar, com manuais digitais, ou para quem vai realizar provas digitais.
Computadores avariados são outro problema
Para sindicatos e diretores escolares, esta decisão significa juntar um problema a outro já existente:
"Muitos computadores nas escolas estão avariados e não estão a ser usados, e estamos à espera que o Ministério da Educação nos diga o que fazer", revela Filinto Lima.
O Ministério da Educação esclarece que este ano haverá 31,5 milhões de euros para serviços de conectividade e que os professores podem utilizar os cartões e hotspots que vão ser disponibilizados para as salas de aula.
Quanto aos computadores avariados ou em falta, diz que está a ser feito o levantamento.