O luso-israelita que fugiu há sete anos da prisão de Caxias está em Israel e não será extraditado para Portugal. Uma falha de segurança permitiu a fuga de Joaquim Mota e de outros dois reclusos chilenos.
Contudo, o diretor geral de reinserção e serviços prisionais não quis detalhar o que falhou em 2017 na fuga do preso preventivo.
"Houve uma falha de segurança. Os reclusos fugiram pelo lado da torre que tinha um guarda lá (…) julgo que desse ponto de vista já está concluído, não lhe posso dizer isso com toda a segurança, mas o inquérito interno sim foi concluído", disse Rui Abrunhosa Gonçalves.
O recluso e os dois chilenos, entretanto, apanhados em Espanha cortaram o ferro das grades da cela com um fio metálico.
Durante meses, o luso-israelita publicou vídeos provocatórios nas redes sociais.
"Passado duas horas estava a apanhar um avião em Lisboa. Ainda nós estávamos nas primeiras diligências e já se tinha evadido", explicou Luís Neves, diretor nacional da Polícia Judiciária.
"Nós conseguimos localizar o individuo de nacionalidade israelita, contudo Israel não extradita nacionais", acrescentou.
Em Portugal estava acusado de vários crimes: associação criminosa, branqueamento de capitais, ofensas à integridade física, extorsão, tráfico de droga, roubos e furtos.