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Partos em ambulâncias: técnicos do INEM e bombeiros dizem que se atingiu o "fundo do poço" e exigem mudanças

Técnicos do INEM e bombeiros criticam a gestão da emergência médica em Portugal. Garantem que falta organização e exigem mudanças estruturais. Queixam-se de não terem formação adequada para realizar partos nas ambulâncias e avisam que está em risco a saúde dos utentes.

Pedro Freitas

Manuel Geraldo

Paulo Gamito

Na estrada, a caminho do hospital em condições longe das ideais e sem a certeza de encontrar as portas abertas. São cada vez mais os partos realizados nas ambulâncias e só este ano mais de 40 bebés nasceram assim.

Às queixas dos bombeiros juntam-se os técnicos de emergência médica. Dizem que já bateram no fundo do poço e as transferências de mulheres em trabalho de parto para hospitais cuja urgência de ginecologia/ obstetrícia está fechada são recorrentes.

Os distritos de Setúbal, Santarém e Leiria são os que registam mais casos de partos na estrada. Os técnicos avisam que é preciso mais preocupação dos políticos e formação para quem dirige uma ambulância.

Para ajudar a ultrapassar os constrangimentos nas urgências de obstetrícia, o Governo criou há três meses a Linha SNS Grávida, que faz parte do Plano de Emergência e de Transformação da Saúde, procurada todos os dias por cerca de 300 pessoas.

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