País

Há 1,7 milhões de utentes do SNS sem médico de família

A falta de especialistas de Medicina Geral e Familiar mantém-se e, na perspetiva da classe, vai agravar-se a breve trecho.

Fernanda de Oliveira Ribeiro

Gonçalo de Freitas

Continua a aumentar o número de utentes sem médico de família. Faltam, pelo menos, 700 clínicos para 1,7 milhões de pessoas sem médico atribuído. As organizações profissionais temem que a garantia de qualidade do atendimento esteja em risco.

“Este Ministério da Saúde de Ana Paula Martins ainda aumentou mais o número de utentes sem médico de família apesar das limpezas artificiais nas listas. Sabemos que nos últimos meses temos um aumento de mais 40 mil utentes sem médico de família”, disse à SIC Joana Bordalo e Sá, da Federação Nacional dos Médicos (FNAM).

Esta situação, passa, segundo os profissionais, pela ausência de resposta às exigências de muitos destes especialistas.

“As soluções são sempre sobrecarregar quem cá está e portanto não torna atrativo o SNS”, afirmou Paula Broeiro, presidente do Colégio de Medicina Geral e Familiar.

“A solução passa por melhorar as condições de trabalho e os salários. Só assim vamos conseguir ter mais médicos”, acrescentou.

O anúncio da passagem para as mãos dos setores privado e social dos novos 20 centros de saúde cria mais receios.

Últimas